Por Cláudio Lasas
Essa história de que namaste significa "O Deus que habita em mim saúda o Deus que
habita em você" não faz sentido, é pura lenda.
Namaste é a junção de duas palavras:

- te,
que é a forma dativa do pronome tvam
(tu), ou seja, significa "a ti".
Assim,
namaste significa literalmente "reverência a ti", "cumprimento a
ti".
Namas tem o sentido de adoração somente quando
dirigido a um deus e, nesse caso, não se usa o te, mas sim o nome da divindade. Por exemplo, namaḥ Shivaya (adoração a Shiva, glória a Shiva).
Esse mito de que namaste significa "O
Deus que habita em mim saúda o Deus que habita em você" pode ter origem na
crença, compartilhada pelo hinduísmo, pelo yoga e pelo budismo, de que por trás
de nossa aparência humana somos em essência perfeitos, infinitos e imortais, o
que nos torna muito parecidos com o Deus ocidental. Entretanto, de acordo com
essas mesmas filosofias, nossa essência, apesar de perfeita, infinita e
imortal, é também indiferente e, portanto, jamais poderia afetar-se por algo
externo, cumprimentar ou reverenciar outro ser. Nossa alma encontra-se em
eterna contemplação de si mesma, num estado de puro prazer chamado ānanda.
Namaste é usado sempre para cumprimentar ou
iniciar uma conversa. Nas práticas de yoga, usa-se para iniciar ou finalizar o
evento. É acompanhado da união das
palmas das mãos em frente ao peito, em sinal de reverência.
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