Tem uma coisa que nenhum professor de meditação vai lhe ensinar: meditar dói, dói muito. Sem saber disso, a pessoa que está aprendendo vai achar que está fazendo algo errado e pode até desistir de continuar aprendendo.
Acontece que a postura mais usada para a meditação é a postura de lótus, ou padmasana, aquela em que a gente fica com as pernas cruzadas e os dois pés sobre as coxas. Essa postura abre um espaço interessante, permitindo um alinhamento perfeito da coluna.
O problema é que nós ocidentais estamos acostumados a sentar com um apoio, em cadeiras e sofás e, portanto, nossos músculos das costas são preguiçosos. Quando a gente tem que ficar 20 minutos ou mais numa postura imóvel, sustentando nossa própria coluna, essa musculatura preguiçosa reclama bastante.
Além disso, a postura de lótus dificulta a circulação do sangue nas pernas, fazendo com que sintamos formigamento e uma dor insuportável. Por isso, muita gente prefere trocar a postura de lótus pela postura fácil, sukhasana, mas essa faz com que nossas costas fiquem curvadas, o que causa, adivinhem só, mais dor ainda.
Minha recomendação é a seguinte: primeiro, faça alongamento, sempre. Segundo, faça musculação, sempre também. Esses dois passos podem ser atendidos com uma boa prática frequente de hatha yoga. Terceiro, habitue-se a se sentar sem usar encosto, procure sustentar a coluna, isso é natural, saudável e vai prevenir problemas futuros, derivados de má postura.
